Resumo: | Pesquisa qualitativa em saúde balizada nas representações sociais de profissionais de saúde; gestantes e puérperas portadoras do vírus da imunodeficiência humana (HIV), quanto as questões da amamentação. O estudo foi norteado pelos objetivos de discutir a ambigüidade entre o incentivo à amamentação e a necessidade de inibir a lactação em tempos de epidemia da AIDS, através da revisão dos modelos assistenciais prescritos pelas políticas públicas de saúde, analisando as concepções dos profissionais de saúde com relação a amamentação no cenário de atendimento as mulheres soropositivas para o HIV no ciclo gravídico-puerperal, conhecendo a percepção que as gestantes e puérperas HIV+ têm com relação a amamentação e, enfim, contribuir na elaboração de novas propostas de assistências para gestantes e puérperas HIV+, compatibilizando biossegurança com questões singulares, subjetivas, éticas, legais e políticas que permeiam a assistênciaem amamentação. Foram entrevistados 11 profissionais de saúde, dessas análises emergiram as seguintes categorias temáticas: a)Condutas assistenciais/Protocolos normativos; b)Contradições na prática assistencial/Ambigüidade-incentivo X inibição; c) Dificuldades/ Soluções. Das 7 entrevistas com mulheres HIV+ (gestantes e puérperas) foram analisadas as seguintes categorias temáticas: a)O desejo de amamentar X o cuidado com a saúde do filho; b)Ambiente hospitalar X ambiente sócio-familiar. A possibilidade de confrontar o discurso (dito/oficial) com a prática (vivido/oculto), mostrou a emergente necessidade de rever o modelo assistencial em amamentação no sentido de construir um novo modelo de assistência que possa dar voz às mulheres portadoras do HIV. (AU).
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